Pardos na Bahia: casamento, cor e mobilidade social, 1760-1830

Browned-skinned in Bahia: marriage, color and social mobility, 1760-1830

Autores

  • Adriana Dantas Reis State University of Feira de Santana/BA.

Palavras-chave:

Color/Quality, Brown-Skin, Marriage, Slavery, Social Mobility

Resumo

Este texto analisa os significados das cores/qualidades e os arranjos matrimoniais de escravos, libertos e livres de cor na Freguesia Nossa Senhora da Penha de de Itapagipe, estabelecendo algumas comparações com a Freguesia Nossa Senhora do Ó de Paripe, ambas na cidade de Salvador, Bahia, 1760-1830. Os registros paroquiais de matrimônios dessas freguesias chamam atenção para o paradoxo senhores solteiros/escravos casados e para os casamentos de homens escravos com mulheres forras, além de proporcionarem uma análise mais aprofundada sobre os pardos livres, geralmente filhos legítimos, confirmando a importância do casamento para pessoas em mobilidade social. Problematizam-se, ainda, os casamentos sem identificação de cor, levantando a hipótese de que muitos dos que silenciaram sobre a cor poderiam ser pessoas "mestiças" que ascenderam socialmente. Os pardos, ao mesmo tempo em que se distanciavam da escravidão, por gerações, constituíam-se num grupo social intermediário entre os crioulos livres e brancos, ou sem identificação de cor. Esse grupo, de pardos livres, teve um importante papel político no movimento de 1798 e em outros, no contexto das lutas pela Independência, na defesa por espaços já ocupados ou reinvindicando a abertura de novos. Ou seja, a cor parda teve um significado não apenas social, mas também político, os que traziam "a novidade".

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Publicado

2013-06-01

Como Citar

Reis, A. D. (2013). Pardos na Bahia: casamento, cor e mobilidade social, 1760-1830: Browned-skinned in Bahia: marriage, color and social mobility, 1760-1830. Perspectivas - Journal of Political Science, 10, 45–62. Obtido de https://www.perspectivasjournal.com/index.php/perspectivas/article/view/442

Edição

Secção

Artigos