Pardos na Bahia: casamento, cor e mobilidade social, 1760-1830
Browned-skinned in Bahia: marriage, color and social mobility, 1760-1830
Palavras-chave:
Color/Quality, Brown-Skin, Marriage, Slavery, Social MobilityResumo
Este texto analisa os significados das cores/qualidades e os arranjos matrimoniais de escravos, libertos e livres de cor na Freguesia Nossa Senhora da Penha de de Itapagipe, estabelecendo algumas comparações com a Freguesia Nossa Senhora do Ó de Paripe, ambas na cidade de Salvador, Bahia, 1760-1830. Os registros paroquiais de matrimônios dessas freguesias chamam atenção para o paradoxo senhores solteiros/escravos casados e para os casamentos de homens escravos com mulheres forras, além de proporcionarem uma análise mais aprofundada sobre os pardos livres, geralmente filhos legítimos, confirmando a importância do casamento para pessoas em mobilidade social. Problematizam-se, ainda, os casamentos sem identificação de cor, levantando a hipótese de que muitos dos que silenciaram sobre a cor poderiam ser pessoas "mestiças" que ascenderam socialmente. Os pardos, ao mesmo tempo em que se distanciavam da escravidão, por gerações, constituíam-se num grupo social intermediário entre os crioulos livres e brancos, ou sem identificação de cor. Esse grupo, de pardos livres, teve um importante papel político no movimento de 1798 e em outros, no contexto das lutas pela Independência, na defesa por espaços já ocupados ou reinvindicando a abertura de novos. Ou seja, a cor parda teve um significado não apenas social, mas também político, os que traziam "a novidade".
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