Escravidão, dinâmicas de mestiçagens e o léxico ibero-americano
Slavery, miscegenation dynamics and the Latin American lexicon
Palavras-chave:
Iberian Lexicon, American History, Slavery, MiscigenaçãoResumo
As áreas de história do Escravismo e de História das Mestiçagens vêm sendo aproximadas por historiadores do período colonial americano e do século XIX pós-independências americanas também e, cada vez, mais fica óbvia a importância da linguística para esse campo de estudos. Mais especificamente, tem-se tornado essencial a busca de significados emprestados a palavras, expressões e conceitos relativos ao mundo da escravidão (e de outras formas de trabalho compulsório, como a encomienda e a mita) e das mestiçagens surgido da fusão entre essas dimensões no universo ibero-afor-americano. O longo domínio da Península Ibérica pelos mouros e por muçulmanos de outras origens e a presença ibérica em várias partes da costa africana já provocavam o surgimento de vocabulário e significados específicos antes das conquistas americanas. Essa experiência, entretanto, foi exponencialmente alargada ao Novo Mundo, sobretudo pela maciça presença dos nativos, os índios, nesse processo e pela introdução nas áreas coloniais de contingente muito numeroso de escravos africanos de várias procedências e culturas. No crisol americano, desde os primeiros tempos do encontro desses povos e dos europeus, as misturas biológicas e culturais foram intensas e não tardou surgir a primeira geração de mestiços, que foi gestada junto com novo léxico, que expressava, justamente, aquela nova realidade multifacetada, plural e mesclada. Um novo vocabulário para um mundo novo e para gentes e culturas igualmente novas. Isso parece óbvio, mas a dimensão alcançada por essa nova realidade americana e o impacto planetário que gerou rapidamente (económico, demográfico, político, biológico, cultural e, claro, linguistico) ainda não são devidamente conhecidos, nem o léxico surgido daí.
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