A Moralidade da Distância e da Guerra sem Risco

The Morality of Distance and Risk-Free War

Authors

  • João Vicente Centro de Investigação em Segurança e Defesa (CISD), Institute of Higher Military Studies

DOI:

https://doi.org/10.21814/perspectivas.48

Keywords:

Remote Air War, Unmanned Aircraft Systems, Drones, Morality

Abstract

Conducting war according to ethical principles is not only morally correct but reveals the humanity of modern society. By confronting the introduction of new technology in battle with the universally accepted ethical and legal principles, we are upholding the moral standards of future generations. The possibility of conducting a virtuous war, because surgical, conscious and scrupulous, contrasts with the argument that it is a virtual war in which video images reduce the conflict to a distant console game. One of the biggest criticisms of unmanned aerial systems compared to the viable alternative, manned, is that they inflict disproportionate and unnecessary damage, particularly on civilians, as a result of the physical remoteness and possible emotional disconnection of their operators. The establishment of a causal relationship between the combatant's detachment from killing and the likelihood of increasing the outbreak of war is difficult to determine. However, if such a relationship exists, then it will be sublimated by the use of combat drones, forcing a dilution of the traditional perception of combat. It is therefore important to ascertain whether increased distance may be associated with abstraction or indifference to death. And in an era when Remote Air Warfare is threatening to become an instrument of death on an industrial scale, it will be important to address the moral effects of such widespread employment.

Resumo

A condução da Guerra de acordo com princípios éticos, não só é moralmente correta mas revela a humanidade da sociedade moderna. Ao confrontarmos a introdução de uma nova tecnologia no espaço de batalha com os princípios éticos e legais universalmente aceites, estamos a garantir os padrões morais das futuras gerações. A possibilidade de conduzir uma Guerra virtuosa, porque cirúrgica, consciente e escrupulosa, contrasta com o argumento de que se trata de uma Guerra virtual em que as imagens de vídeo reduzem o conflito a um distante jogo de consola. Uma das maiores críticas apontadas aos sistemas aéreos não tripulados, quando comparados com a alternativa viável, a tripulada, é de que infligem danos desproporcionados e desnecessários, nomeadamente em civis, em resultado do afastamento físico e da eventual desconexão emocional dos seus operadores. O estabelecimento de uma relação causal entre o distanciamento do combatente do ato de matar corpo a corpo, e a probabilidade de aumentar a eclosão da Guerra é difícil de determinar. Todavia, caso essa relação exista, então ela será sublimada pelo emprego de drones de combate, obrigando a uma diluição da perceção tradicional de combate. Importa por isso verificar se o aumento da distância poderá ser associado com a abstração ou indiferença à morte. E numa era em que a Guerra Aérea Remota se ameça transformar num instrumento de morte à escala industrial, será importante debruçar-mo-nos sobre os efeitos morais de tal emprego generalizado.  

Palavras-Chave: Guerra Aéres Remota, Unmanned Aircraft Systems, drones, moralidade. 

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Published

2013-12-01

How to Cite

Vicente, J. (2013). A Moralidade da Distância e da Guerra sem Risco: The Morality of Distance and Risk-Free War. Perspectivas - Journal of Political Science, 11, 07–29. https://doi.org/10.21814/perspectivas.48

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